SEMINÁRIO DE EMPREENDEDORISMO IEL DISCUTE INOVAÇÃO E PROTOTIPAGEM
O palestrante Gregory Dibb, gerente sênior do Centro de Pesquisa da Nissan, no Vale do Silício (EUA) explicou como o conceito de “produção enxuta” evita desperdícios e pode acelerar o ciclo de pesquisa e inovação. A ideia é dividir o trabalho em várias partes e executar uma de cada vez e em seguida testar os resultados. “Faço o protótipo, analiso e repito o ciclo. Se fizer tudo de uma vez, só verei os problemas ao final”, explicou Dibb. No Vale do Silício, Dibb se dedica à pesquisa de veículos conectados, veículos autônomos e interação homemmáquina. Ele é o responsável pelo projeto do carro autônomo – veículo que não precisa de motorista – em parceria com o Google. Dibb contou que, ao invés de produzir o carro autônomo com a tecnologia disponível, estão testando pequenos protótipos. “As pessoas e empresas gastam muito tempo pensando no resultado final. Se fizerem pequenos estudos, com a expectativa do fracasso, podem aprender muito mais e a inovação se acelera”, comentou Dibb.
No painel “Cases Empresas”, Marcelo Brum, gerente de operações da FMC Technologies, destacou a importância da prototipagem para reduzir os custos. “Temos de gastar mais tempo no início, para andar mais rápido depois, principalmente em produção em série”, argumentou. Claudio Patrick, proprietário da Clever Pack Design e Bauen Plásticos, também participou do debate.
O painel “A importância da prototipagem para as empresas que querem inovar e as vantagens competitivas da utilização da prototipagem em diversos segmentos“, reuniu Luiz Fernando Dompierri, diretor geral da Robotec, pioneira na introdução das tecnologias de prototipagem rápida em toda América Latina; Heloísa Neves, diretora do FabLab Brasil; e Rodrigo Krug, CEO da Cliever, responsável pela primeira Impressora 3D nacional. “A prototipagem vai baratear o preço dos produtos, tornando a empresa mais competitiva”, disse Krug.
Segundo Poliana Botelho, presidente do Conselho de Jovens Empresários do Sistema FIRJAN, o debate proposto no seminário foi importante para a utilização da prototipagem para os vários setores industriais e as linhas de financiamento para se ter acesso à tecnologia. “No futuro, a prototipagem vai substituir as atividades que hoje são feitas manualmente. É importante que as empresas vislumbrem como poderão usar esse recurso”, ressaltou Poliana, que também é diretora de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação do Laboratório Simões. O evento foi realizado no dia 12 de novembro, na sede da Federação.
Fonte: Carta da Indústria