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O QUE ESPERAR DE INOVAÇÃO EM EMBALAGENS DE PRODUTOS LÁCTEOS?

 

Aspectos e impactos na inovação de embalagens para lácteos

Para a pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos, Fiorella Dantas, “as embalagens para produtos lácteos devem atender às expectativas do consumidor em relação às demandas atuais, considerando os aspectos sociais e econômicos, como mudanças na estrutura etária e envelhecimento da população, comportamento das novas gerações, distribuição da renda familiar, valorização do estilo de vida saudável e sustentável, entre outras”.

 

Dessa maneira, os aspectos práticos devem ser alinhados, também, com uma série de conceitos que visem manter a identidade da marca e o seu posicionamento em relação ao consumidor. Sem falar no impacto dessas inovações na indústria. Para Fiorella, essas mudanças trazem “inovações em matérias-primas, processos de fabricação e de impressão, abrindo possibilidades para utilização de diferentes formatos, texturas, tamanhos, propriedades de barreira, redução de peso, assim como melhores aspectos de sustentabilidade”.

 

O uso da embalagem ativa

Conhecida também como embalagem inteligente, ela faz parte de uma área que tem trabalhado, de maneira funcional e qualitativa, a questão de armazenar e conservar produtos. O conceito de embalagem ativa se define pelas propriedades adicionais que ela pode acumular, de acordo com as necessidades, como absorver compostos que podem favorecer a deterioração de produtos ou, ainda, liberar aqueles que prezam e estendam a validade do alimento. Nesses casos, um dos conceitos mais utilizados é o dos removedores de oxigênio, que têm se mostrado bastante versáteis em diversos setores, e não apenas no de embalagem de lácteos.

 

A embalagem com atmosfera modificada

Outro processo inovador, e que tem ganhado cada vez mais espaço. Ele consiste em um sistema de acondicionamento em atmosfera modificada, que usa oxigênio, nitrogênio e misturas de dióxido de carbono visando controlar possíveis alterações nas propriedades do produto e da embalagem em si.

 

O principal objetivo desse tipo de embalagem de lácteos consiste em prolongar a vida útil comercial dos alimentos e bebidas, garantindo frescor e mais qualidade ao produto.

 

Embalagem de vidro para produtos lácteos

A tendência é recente, mas tem sido visto como uma boa inovação em embalagens de lácteos. Tudo começou com a Danubio, que criou uma versão do seu iogurte em embalagens de vidro em parceria com a Owens-Illinois, maior produtora de embalagens de vidro do mundo. Isso porque a ideia surgiu como uma boa maneira de preservar a integridade e o frescor do iogurte, e ainda aliar um conceito estético ao produto.

 

“Buscamos referências ao redor do mundo e conseguimos comprovar, por meio de pesquisas de mercado, que o consumidor gosta de ver o conteúdo da embalagem e saber exatamente o que está levando para casa. E isso só é possível graças à transparência e a qualidade superior dos produtos envasados em vidro”, revela Alexandre Macário, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Owens-Illinois.

 

Vale lembrar que o vidro é tido como o material mais limpo, entre os principais utilizados em embalagens, pois não libera produtos químicos na natureza, além de contar com qualidades infinitas de reciclagem.

 

“Trazemos para o mercado um conceito totalmente inovador. Um iogurte sem lactose, mas à base de leite, preservando todos os seus nutrientes. Também é 100% natural, com pedaços de frutas e consistência mais firme que os demais, além de ser encontrado em exclusiva embalagem de vidro”, conta o gerente de marketing da Danubio, Samuel Prado.

 

Outras novidades em embalagem de lácteos

Além dessas possibilidades, também podemos considerar outras, como o processo de rastreabilidade automatizado nas embalagens cartonadas para os leites UHT, protagonizado pela Aurora Alimentos. A empresa acredita que esse código impresso no topo da embalagem, chamado P.A.R (Produto Aurolat Rastreado), promove um controle de qualidade muito mais preciso ao consumidor, que pode acessá-lo e observar informações relevantes sobre o produto, como sua procedência, unidades de processamento e outros dados. Com todas essas mudanças, é de se esperar que as inovações tendam a acontecer em um ritmo maior, e com resultados melhores.

 

“Num mundo globalizado, a indústria, seja de embalagem ou de produto, também deve buscar atender às exigências de segurança e assuntos regulatórios, além de estar inserida em um contexto de sustentabilidade da cadeia produtiva” explica Fiorella, que acredita também que “os laticínios irão demandar cada vez mais diferenciais para os seus produtos e a indústria de embalagem deve estar atenta e atualizada”.

 

Fonte: Fispal Tecnologia

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