INCENTIVOS À AGROINDÚSTRIA CONTRIBUEM PARA DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA FLUMINENSE
Outras iniciativas envolvem programas como o Prosperar, para legalização de pequenas indústrias, e o Selo Rio de Janeiro, que identifica produtos produzidos em território fluminense, com o intuito de valorizá-los comercialmente.
Subsecretário estadual de Agricultura e Pecuária, Alberto Mofati, apresenta as ações do governo do estado para fomentar o setor de agroindústrias fluminense (Foto: Vinícius Magalhães)
“A questão tributária vem sendo um fator preponderante nas discussões para o fomento da agroindústria. Se nós criarmos incentivos, mesmo as indústrias cuja matéria-prima se encontra mais distante do estado vão ter interesse em se instalarem aqui”, afirmou Mofati.
Segundo o subsecretário, o fortalecimento do setor se torna ainda mais relevante diante da crise, uma vez que oferece uma alternativa para a atração de negócios no estado. “O estado do Rio precisa de um olhar de longo prazo para todas as atividades produtivas. A cachaça fluminense hoje é conhecida e reconhecida pela sua qualidade. E essa é a nossa força, o investimento em qualidade, pois dessa forma atingimos nichos, em vez de competir com grandes fornecedores”, avaliou.
Empresários recebem Manual de Procedimentos para Registro de Agroindústrias de Produtos de Origem Animal no estado do Rio (Foto: Vinicius Magalhães)
Estratégias para o crescimento
Para Francisco Muniz, coordenador do Fórum Empresarial de Agroindústria da FIRJAN, um dos aspectos positivos do setor é possibilitar o incremento econômico de outras áreas além da Região Metropolitana. “A agroindústria promoveu uma ocupação maior nas cidades do interior, algo que é necessário no estado. Essa é uma das razões pelas quais é correto afirmar que o segmento pode contribuir para diversificar nossa economia”, defendeu.
De acordo com Katia Espírito Santo, presidente da Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do Estado do Rio de Janeiro (Apacerj), além do tratamento tributário diferenciado, outras estratégias podem viabilizar o crescimento do setor.
“Uma das atividades estruturantes tem sido a participação do produto rural na cidade. Um exemplo são as feiras setoriais, que são um instrumento para conquista de novos mercados”, avaliou Katia.
Na avaliação de Regina Lago, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o segmento agroindustrial fluminense possui peculiaridades que devem ser avaliadas para sua expansão. “A vocação do Rio está nas agroindústrias de pequeno porte. Mais recentemente, vemos avanços importantes em cachaça, mas também em cerveja, queijos, entre outros produtos. Há potencial de crescimento, e o que é necessário para estimulá-lo é abrir mercados”, pontuou.
O tema foi discutido no Fórum Empresarial de Agroindústria, realizado em 2 de março, na sede da FIRJAN.
Fonte: Sistema FIRJAN