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CONTRA LEI QUE AFETA O SETOR LÁCTEO, SINDLAT TRAÇA AÇÕES COM EMPRESÁRIOS E SECRETARIA DE ESTADO

 

Mobilizado para impedir que o setor seja incluído na regulamentação da lei que determina o depósito de 10% dos benefícios fiscais no Fundo de Equilíbrio Fiscal (FEF), o presidente do sindicato destacou que a evolução da indústria local esbarra na concorrência com produtos de outros estados, mais favorecidos por benefícios.

 

“Já observamos que a indústria láctea fluminense tem potencial de crescimento para duplicar ou até triplicar seu rendimento. Agora precisamos estudar as melhores estratégias para conquistarmos esse espaço. Nossos produtos estão em todo o estado, mas a participação ainda é pequena comparada ao potencial”, afirmou Antonio Carlos.

 


Presidente do SINDLAT ressaltou o potencial de crescimento da indústria láctea fluminense (Foto: Lucas Baldez)

 

Queda da participação da indústria local

 

Antes do debate técnico sobre a nova lei, o analista de mercado da MilkPoint, Valter Galan, traçou um panorama sobre o atual cenário da indústria láctea. Através de gráficos e números, o profissional mostrou como a produção local perdeu espaço nos últimos anos.

 

“Entre 2000 e 2014, a indústria fluminense perdeu participação no mercado nacional, embora o consumo tenha aumentado. Isso acontece porque muitos produtos de fora do estado, e até mesmo do exterior, conseguem entrar com preços mais competitivos”, afirmou Valter.

 

Secretaria de estado é contra a inclusão do setor na lei

 

Um dos caminhos para amenizar as perdas das empresas locais é impedir que a Lei nº 7428/16 atinja a indústria de laticínios. Para o secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, alguns setores produtivos do estado não deveriam ser afetados pelo novo texto.

 

“Somos contra a utilização do Fundo para o setor lácteo. Não podemos, obviamente, enquanto secretaria, defender apenas um setor, pois representamos a indústria fluminense como um todo. Mas estamos defendendo alguns vetos para excluir o setor desta lei”, garantiu o secretário.

 


Secretário estadual, Christino Áureo defende retirada do setor de laticínios da lei que prejudica o segmento (Foto: Lucas Baldez)

 

Já o subsecretário Alberto Mofati destacou a importância de intensificar o debate sobre o tema, tornando possível a exclusão do setor no texto de regulamentação da lei: “Há o entendimento de que a lei precisa de ajustes. Por isso, ainda é necessária a discussão entre secretarias, empresas e governo”.

 

(Lucas Baldez/ Gerência de Associativismo FIRJAN)

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