SEM LEITE DERRAMADO
No Estado do Rio de Janeiro, o mercado local de leite é estimado em R$ 1,4 bilhão por ano. O consumo fluminense é equivalente a 2,5 bilhões de litros, dos quais as usinas e indústrias instaladas no próprio estado fornecem o equivalente a 1,5 bilhão de litros. No entanto, somente 550 mil litros vêm de produtos fluminenses. A maior parte da matéria-prima chega de outros estados, Minas gerais, principalmente.
Há uma clara oportunidade de negócio aí (no passado o equivalente a 1,5 bilhão de litros anualmente), mas é preciso que produtores, indústrias e autoridades entendam e busquem soluções para os entraves na cadeia produtiva. A estratégia de atrair novas indústrias não funcionou; a resposta que se esperava – aumento da oferta da matéria-prima – não ocorreu. E, segundo diagnóstico que o sindicato das indústrias está fazendo, com apoio da Firjan, não é por conta da falta de terras adequadas para produção.
Dos 92 municípios fluminenses, 78 produzem leite. Aproximadamente 80% das terras agricultáveis estão hoje ocupadas por pastagens. Falta então encontrar um denominador comum, que compatibilize os interesses de todos os elos da cadeia produtiva.