A fase piloto do programa começa em 1º de novembro. O laboratório receberá R$ 1 milhão por ano para financiar empreendedores, por meio do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) – instrumento de articulação e aproximação da comunidade científica e tecnológica com empresas. Esse montante será distribuído por vários projetos. Da verba empenhada por projeto, 95% serão não reembolsáveis. Os projetos serão selecionados por meio de avaliação de especialistas.

O CTS também trabalha com outras linhas de fomento, como o Edital SESI SENAI de Inovação. Outra possibilidade de acesso às soluções é a contratação do serviço de consultoria e hora/ máquina do laboratório.

Economia de tempo e de recursos
Claudio Rocha Bastos, fundador da CBPACK Tecnologia, empresa especializada na fabricação de embalagens produzidas a partir do amido da mandioca, demonstrou bastante interesse no programa Laboratório Aberto, principalmente pela possibilidade da obtenção de subsídios financeiros para o projeto. “É de iniciativas como esta que o pequeno empresário mais precisa, porque, trabalhando com o SENAI, temos um elemento fundamental: a confiança na relação, o que passa pelo valor cobrado, que sabemos ser o mais baixo que se pode oferecer. Teremos uma economia de tempo e de dinheiro”, destaca Bastos.

A economia, acrescenta o empresário, decorrerá também da oportunidade de elaborar os projetos com o auxílio técnico e competência da equipe do SENAI Rio. Normalmente, Bastos precisa procurar no mercado fornecedores para a etapa de prototipagem, o que encarece o processo e não lhe dá a certeza de desenvolver a ideia com todos os ajustes necessários. “Terei a chance de fazer mais protótipos”, diz ele.

Poliana Botelho, diretora do Laboratório Simões, elogia o programa. “Iniciativas como esta são sempre importantes porque elas auxiliam e incentivam a inovação, além de facilitar o trabalho do empresário, inclusive em termos financeiros”, diz ela, que também preside o Conselho de Jovens Empresários da Federação. Poliana desenvolve no CTS um projeto aprovado no Edital SESI SENAI de Inovação que está em processo de finalização. “O CTS é um centro de excelência que possui um capital intelectual muito rico em conhecimento, capaz de auxiliar as empresas a buscar melhorias”, afirma.

Novos equipamentos
O SENAI Rio oferecerá maquinário voltado para prototipagem aditiva e virtual. Entre os equipamentos disponíveis estarão impressoras 3D, máquinas fresadoras, tornos CNC. Além disso, haverá uma ampla área para eletrônica básica e avançada. Sergio Villarreal, gerente do CTS Automação e Simulação, adianta que será possível trabalhar também com a realidade virtual, fazendo prototipagem e ensaios da peça que esteja sendo modelada. Todos os equipamentos estão no CTS Automação e Simulação, que fica em Benfica, bairro da Zona Norte do Rio.

“Não há hoje no Brasil um laboratório aberto ao público com o maquinário que nós temos. Os que existem são voltados para pesquisas acadêmicas, porém, são de difícil utilização por parte de uma micro ou pequena empresa interessada em desenvolver o seu protótipo. Outra vantagem é que o custo ficará dentro da capacidade de pagamento do empreendedor de pequeno porte”, explica Villarreal.

O gerente destaca como um diferencial para o empresário a possibilidade de se obter orientação de especialistas e técnicos do CTS de diferentes perfis profissionais: “Eles poderão auxiliar os empreendedores em projetos de design de produtos com foco nas áreas de mecânica, automação, eletrônica e simulação, oferecendo obackground de conhecimento do laboratório”, ressalta Villarreal. Além do CTS Automação e Simulação, a rede contará com outros oito laboratórios localizados nos estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Design e prototipagem profissional
Para potencializar e agilizar o desenvolvimento de produtos e protótipos, o SENAI possui uma ampla rede de competências coordenada pelo Núcleo de Design do SENAI. Esta célula se articula com os vários Centros de Tecnologia SENAI nas áreas ambiental, de alimentos e bebidas e de automação e simulação, que possuem modernos laboratórios e profissionais altamente capacitados para os mais diversos tipos de soluções na cadeia de valor do Design.

Especificamente sobre prototipagem, Villarreal explica que a popularização da impressora 3D, muitas vezes, leva as pessoas a usarem um equipamento que não atende aos padrões de excelência. Um equipamento de alta resolução, como os existentes no CTS, permite uma prototipagem profissional, mesmo de produtos fabricados em metal, como titânio e alumínio, ou em cerâmica, por exemplo.

“As soluções que vamos oferecer e a facilidade criada pelo programa não têm similar. Ideia todo mundo tem, mas não é simples partir para um protótipo que possa ser apresentado ao mercado para receber críticas, que permita ao empreendedor fazer um design review, que neste caso será apoiado pelo Núcleo de Design do SENAI, e depois iniciar uma linha de produção”, avalia o gerente do CTS Automação e Simulação.

A proposta é estimular esse processo, permitindo que o empreendedor teste a funcionalidade de seu produto e tenha suporte técnico especializado. Segundo ele, o laboratório estará aberto a um público mais amplo, inclusive alunos de mestrado e doutorado que desenvolvem produtos inovadores na teoria, sem aplicar sua ideia na prática. “No laboratório aberto, esse pesquisador vai poder ver seu sistema funcionando”, afirma o executivo do CTS Automação e Simulação. Para saber mais sobre o CTS Automação e Simulação, contate cts.automacao@firjan.org.br ou 0800 0231 231.

Fonte: Carta da Indústria