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Falta de segurança custa R$ 8 bilhões à indústria e afeta investimentos no Rio

Pesquisa inédita da Firjan, em parceria com a CNI, indica que a falta de segurança custou à indústria fluminense R$ 8,3 bilhões, em 2017, o equivalente a 6,4% do PIB do setor no estado. Além disso, o problema afetou afeta as decisões de investimento de três entre cada quatro companhias (73,6%).

De acordo com a Sondagem Industrial – Especial Segurança, em 2017, quase metade das indústrias foi vítima de roubo, furto ou vandalismo (44,5%). Dessas, 60% das indústrias enfrentaram sofreram roubo de cargas e 25% tiveram colaboradores com pertences roubados ou furtados. Já o roubo de máquinas e equipamentos afetou 24% das empresas; e o vandalismo, 13%.

Com isso, cerca de 25% dos custos (R$ 2,0 bilhões) das companhias com a insegurança se referem ao prejuízo direto com os crimes. Outros R$ 4,4 bilhões foram gastos com serviços de segurança privada, enquanto R$ 1,9 bilhão se direcionou a seguros contra roubo e furto, totalizando R$ 8,3 bilhões.

Pior resultado do Sudeste

A sondagem ouviu cerca de 400 indústrias fluminenses, sendo que o mesmo questionário foi aplicado nos outros três estados do Sudeste. Segundo Isaque Ouverney, analista de Estudos Econômicos da Firjan, os resultados do Rio foram acima da média da região, em decorrência da escalada da criminalidade verificada entre 2015 e 2017, período de expressivo crescimento das ocorrências de roubos de veículos (+75%), cargas (+47%) e da letalidade violenta (+35%).

“O impacto da falta de segurança afeta mais a indústria fluminense do que a do Sudeste. Em 2018, com a intervenção federal, alguns indicadores, sobretudo de crimes contra o patrimônio, começaram a apresentar tendência de queda, mas o quadro geral ainda é alarmante”, afirma.

Segundo ele, a retomada da economia do estado passa pela melhoria da segurança pública. “Por isso, a federação vem trabalhando esse tema, atuando em diversas frentes, como o Conselho Firjan de Segurança Pública, criado este ano, com a participação de empresários, especialistas, acadêmicos, autoridades do poder público, entre outros, debatendo soluções para o problema”, ressalta Ouverney.

Fonte: Firjan

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