SISTEMA FIRJAN APRESENTA PROPOSTAS A JOAQUIM LEVY PARA RECUPERAR A ECONOMIA DO PAÍS
Eduardo Eugenio destacou também a criação de uma “regra de ouro”, tornando limite obrigatório à evolução dos gastos correntes abaixo do crescimento do PIB. Assim, se evitaria que, em períodos de menor crescimento, se restringisse investimentos em favor da manutenção dos gastos correntes. Por fim, como alternativa ao aumento de impostos, o Sistema FIRJAN propôs um programa de vendas de ativos, ou seja, um aprofundamento dos programas de concessões e privatizações. O foco sugerido são os setores bancários e de infraestrutura. Para o primeiro, a venda de até 49,9% do capital de bancos públicos. Já em infraestrutura, a proposta é voltada para as operações de geração e distribuição de energia.
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira cumprimenta o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (Foto: Antonio Batalha)
Segundo Eduardo Eugenio, essas ações permitiriam uma geração de receita da ordem de até 4% do PIB. “A expansão dos investimentos em infraestrutura num ambiente de restrição fiscal é sempre um grande desafio. Talvez esteja aí uma das chaves para a retomada tão desejada do crescimento. Aguardamos com grande expectativa pelo anúncio de um novo programa para as PPPs (Parcerias Público-Privadas) e as concessões que, se bem ajustadas, permitirão este desafogo do país”, acrescentou o presidente do Sistema FIRJAN.
Em seu discurso, Eduardo Eugenio manifestou o “enfático apoio ao trabalho do ministro”, apontado como o “fiador da correção de rota do país”, mas lembrou que a carga tributária está adoecendo a indústria brasileira e “que o setor privado é o único motor possível para a retomada da atividade econômica”. A carga tributária representa 45,5% do PIB da indústria.
O ministro da Fazenda afirmou que o cenário atual da economia brasileira é bem melhor, citando que diminuiu a intensidade dos riscos existentes no início do governo: a crise de abastecimento hídrico e de energia, a crise na Petrobras e a possibilidade de rebaixamento da nota de investimento do país. Levy enumerou uma série de medidas que o governo vem adotando para melhor o ambiente de negócios e a confiança do empresariado brasileiro e do investidor estrangeiro no país.
Ministro Joaquim Levy fala aos empresários durante almoço em comemoração ao Dia da Indústria (Foto: Antonio Batalha)
Segundo Levy, o governo vem adotando as ações estruturais, assim como a aprovação das primeiras medidas pelo Congresso a favor do ajuste fiscal. “Há uma agenda para melhorar a competitividade das empresas brasileiras, a partir de uma reforma tributária e financeira. Para isso, o governo vem conversando com todos os segmentos produtivos do país”, disse.
De acordo com o ministro, é necessário que a travessia do momento atual seja feita de forma sustentável. Para isso, ele citou a ampliação do setor privado; aumento nas concessões de rodovias, aeroportos, portos e ferrovias; integração na agricultura, com logística e armazenamento; renovação das concessões de distribuidoras de energia; e compartilhamento mais eficiente de infraestrutura e logística.
Em relação à retração do PIB do primeiro trimestre do ano, o ministro disse que “o resultado retrata a incerteza da atividade econômica do início do ano, mas que com os ajustes que vêm sendo feitos, o segundo semestre do ano, já apresentará melhores resultados”. Levy citou as medidas de apoio à construção civil, o aumento da produção de petróleo, o anúncio de ações para Plano Safra para agricultura, que deverá ocorrer na próxima semana, como ações de transição para a recuperação da economia.
Além do ministro Joaquim Levy, participaram do almoço em comemoração ao Dia da Indústria, o governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Paulo Protásio, o vice-presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, José Ricardo Roriz, e o deputado estadual Luiz Paulo, entre outras autoridades. Antes do almoço, o Sistema FIRJAN promoveu um.
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Fonte: Sistema FIRJAN